Para Prih <3

Tá ficando velha, hein?!Tá ficando velha!

Duas velhinhas estão sentadas em suas cadeiras de balanço, tricotando e com uma mantinha no colo. Elas conversam com seus netos e bisnetos que estão ali à frente, quando um neto levanta e diz:

 

– Vamos dar uma volta conosco, vovós?

– Oh não, meu filho, não vou… Estou com minha trombose tão dolorida que não me aguento! – disse dona Débora.

– Eu também não quero ir, queridos… Minhas costas doem horrores por causa dessa osteoporose… – completou dona Priscilla.

– Ahhh… Então nós vamos embora agora, vovós. Mas cuidem-se, amanhã voltaremos. – as senhorinhas sorriem enquanto são beijadas nas bochechas murchas por todos ali presentes. Todos foram embora.

 

As duas permanecem quietinhas por uns minutos, e aí dona Prih diz:

 

– Já foram, Dé?

 

Dona Débora olha ao redor e responde sorrindo marotamente:

 

– Já!

– Vou pegar nossas roupas e os saltos, você pega a maquiagem e os acessórios!

– Certo, Prih!

 

As duas correm enlouquecidamente pela casa, sem preocupar-se em fazer barulho, dona Débora pega a maquiagem e coloca tudo na penteadeira, pega o babyliss e sai para pegar o resto dos acessórios que irão usar. Dona Priscilla pega os vestidos, os saltos e as meias-finas, trás tudo pra perto da penteadeira e dá de cara com dona Débora voltando. As duas riem.

 

– Eles demoraram pra ir embora hoje, hein?! – disse dona Prih.

– Verdade, achei que nunca mais iam nos deixar! – dona Dé concordou e sorriu enquanto vestia-se.

 

As duas maquiaram-se e vestiram-se, dona Prih com seu jeans colado, sua camisa do Nightwish e seus saltos bem altos. Dona Dé vestiu-se com uma calça colada de couro preto, uma camisa do Iron Maiden que tinha um decote enorme na região dos seios e suas botas estilo hard rock. Ambas estavam lindas, prontas para matar!

 

– Vai esquentando a Linda enquanto eu pego as jaquetas e tranco a casa, Dé.

 

Dona Dé foi até a garagem, tirou o tecido branco que cobria sua Harley Davison (a Linda), e levou-a pra fora. Dona Prih chegou com as jaquetas de couro e elas vestiram, logo em seguida subindo na moto. Colocaram os capacetes (com cuidado pra não bagunçar os cabelos) e foram em direção ao Forasteiros Rock Bar, que mesmo com as tendências coloridas da época, ainda era todo escuro e só tocava rock do bom!

 

Quando chegaram, tocava KISS – I love it loud. As duas já adentraram o recinto balançando a cabeça, acompanhando a música.

 

– Vou pegar as cervejas e as fichas, escolhe a mesa que já subo. – disse dona Dé. Virando-se para o caixa, fez o pedido.

– Está linda hoje, dona Débora! E a dona Priscila também… Duas gatas, vocês! – disse o atendente, um jovenzinho de vinte e um anos, muito bonitinho.

– Obrigada, Joe, obrigada! – dona Dé piscou de leve e pegou as duas cervejas, os dois copos e mais um punhado de fichas.

 

Subiu as escadas e encontrou com dona Prih, que estava sentada a uma mesa, apenas observando o jogo de sinuca de uns meninos à frente. Dona Dé serviu-as de cerveja e já foram logo ocupar uma mesa de sinuca. Jogaram por horas e depois de muito rir e fazer amizades, voltaram à sua mesa.

 

– A noite está sendo ótima, Dé! Nunca me diverti tanto! Todo ano fazemos algo diferente, mas esse ano está excepcional!

– Então vamos ao brinde! – dona Dé estendeu o copo cheio de cerveja e todos no recinto fizeram o mesmo. – Esta noite quero brindar à uma amiga que sempre esteve presente em todos os momentos de minha vida (ou ao menos em vários deles!): Prih, minha amiga aqui, no Japão, em Marte, em qualquer lugar!

Dona Prih abraçou sua amiga e as duas entornaram o copo cheio de cerveja. Todos aplaudiram e logo beberam suas cervejas também.

– E tem mais… – todos olharam para dona Dé – Hoje a cerveja é por conta… – dona Prih sorriu e ia gritar de alegria, quando dona Dé completou –  Por conta da Prih! – dona Prih deu um tapa na cabeça de dona Dé, que riu.

 

A festa não parou por aí. Quando estava quase tudo sendo fechado, decidiram colocar uma última música, para relembrar os velhos tempos: Wish I had an angel, da tão amada Nightwish. Dançaram enlouquecidamente, junto com todos em volta! Dona Dé olhou no relógio e arregalou os olhos.

 

– Prih! Tá na hora, amiga, corre! – dona Prih e dona Dé despediram-se de todos no recinto e subiram em Linda, terminando assim, a noite de sonhos proibidos.

 

Chegaram em casa às cinco da manhã, correndo para guardar tudo o que podiam. Esconderam Linda debaixo do pano branco no fundo da garagem de novo, guardaram as maquiagens na nécessaire, tiraram as roupas e enfiaram dentro do guarda-roupas num cantinho escondido e deitaram-se, cada uma em sua cama.

 

– Daqui duas horas eles estarão aqui! – disse dona Prih.

– Não podemos deixar nenhum vestígio! – completou dona Dé.

 

Acabaram pegando no sono, sendo acordadas exatas duas horas depois por seus netos e bisnetos, que traziam um bolo enorme de aniversário para dona Prih.

 

– Parabéns pra você… – cantaram todos, acordando as duas senhorinhas.

 

Mais tarde, após o bolo, os docinhos e a música em volume ambiente para não prejudicar os aparelhos auditivos das velhinhas, todos iam deixando-as sozinhas em casa, despedindo-se com beijinhos e braços, e felicitações pelo aniversário de 79 anos de dona Prih.

 

Ao saírem todos, as senhorinhas recostaram-se ao sofá e suspiraram.

 

– Eles não descobriram nosso segredo… Ainda bem! – sussurrou dona Prih.

– Ufa! Estou cansada… Ai, minha coluna… Vamos dormir, querida… Vamos dormir. – dona Débora levantou do sofá com dificuldade, segurando as costas doloridas e dona Prih levantou-se também. Ambas deitaram-se em suas camas macias, perfeitas para relaxar os corpos idosos das duas. E assim acabou a noite mais maluca da vida das duas.

 

E para completar, uma nota da autora:

– Prih… Aqui é a Dé. Viu, eu queria te dizer uma coisinha: você é a pessoa que mais me cativou. Me faz feliz ter sua amizade, mesmo que o tempo passe e nós duas viremos duas velhas caquéticas que curtem jogar sinuca ouvindo Nightwish, sempre seremos unidas. Mesmo com a distância! Obrigada por estar sempre ao meu lado, te prometo estar ao lado do seu sempre! Te amo, doida!

Forever together!Juntas pra sempre ;D

 

Wish you were here…

É engraçado como as coisas, elas mudam, as nuvens se partem, se reorganizam para mim. Rostos de estranhos e eu não tenho nenhum conhecido pra me ajudar a ver. Onde está o lar? Eu quero que você saiba que eu queria que você estivesse aqui… Eu queria você estivesse aqui. Às vezes me pergunto se Deus se esconde nas cidades para nos deixar livres. Porque, é, essa sala está lotada, mas eu estou tão sozinha nela, me ajude, por favor! Onde está o lar? Eu quero que você saiba que eu queria que você estivesse aqui, eu queria que você estivesse aqui… Eu queria que você estivesse aqui.E eu vou ser forte, eu não vou ceder, não vou rejeita-lo. Eu sei onde nós estivemos.E eu sou muito mais do que todos os meus medos, do que todas essas lagrimas, minhas lagrimas.Eu queria que você estivesse aqui… Eu queria que você estivesse aqui. Onde está o lar? Eu quero que você saiba que eu queria que você estivesse aqui… Queria que estivesse aqui.

(Stefani Germanotta)

Girassóis e Narcisos

“Procure me amar quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”

Vi essa frase no sub de uma amiga hoje. Pra mim, a frase é apenas fato.

(Wake Up Alone – Amy Winehouse)

Girassóis e Narcisos

Era apenas mais um dia comum de sentimentos inexplicáveis. Sentia-se assim o tempo todo. Podia sorrir, uma, duas, três vezes ao dia, mas quando se encontrava só… Uma tristeza tão imensa invadia seu peito. Seus olhos enxergavam coisas e pessoas, momentos passados lhe atormentavam e seu medo sempre crescia cada vez mais. A escuridão, para Ana, era seu pior terror. Mas também, conseguia ver na escuridão… as estrelas. E isso fazia com que aos poucos seu medo fosse dominado por profunda admiração. Admirava a noite, o céu estrelado e suas nuvens muito escuras e muito suaves. Admirava sempre a beleza da natureza e isso lhe fazia sorrir as duas ou três vezes ao dia. Tinha medo, mas amava estar só. Dentro de si havia um conflito interno. Os girassóis brigavam com os narcisos, fazendo com que estrondosas batalhas entre vida e morte fossem travadas dentro dela.

Tinha sonhos belos, mas sempre eram dominados por suas visões turvas. Apenas terror. Em um segundo, sentia-se completa, porém em um milésimo desse mesmo segundo, era violentamente esvaziada pela tristeza. Sentia raiva, queria gritar, matar pessoas… Mas quando enxergava dentro de si a razão, sabia que não tinha coragem alguma para prosseguir. As pessoas tentavam entende-la, saber por que Ana era assim; tão despreocupadamente preocupada com as coisas ao seu redor.

Ana era feita de extremos. Dentro de seu coração (e mais profundamente, em sua alma), cintilavam o bem e o mal. Os dois tentavam dominá-la, fazê-la sua seguidora, ou escrava. Ana não sabia que lado seguir, por isso sentia dores intermináveis na cabeça e no peito.

Em sua cabeça dolorida e perturbada, encarava seus medos e lutava contra eles. Queria libertar-se, sair daquilo, mudar sua vida, ou acabar com ela, tanto fazia… Desde que aquelas visões celestialmente infernais saíssem de sua mente. Ana entrava muito em contradição consigo mesma. Não sabia mais quem era, não conseguia reconhecer-se, apenas via uma sombra em seu futuro. Algumas pessoas próximas de Ana acreditavam que ela precisava reerguer-se a todo custo, pois aquilo ia consumi-la a qualquer momento. Outros pensavam que ela precisava fazer isso não para seu próprio bem, mas para o bem de si mesmos, que precisavam de Ana viva.

Ana não era mais real. Não vivia mais. Era praticamente uma alma solitária que existia à toa. Não sabia mais porque respirava, se havia um lugar morto em sua mente. As peças de seu jogo estavam partidas, destruídas, não se lembrava mais de como jogar.

Aquelas batalhas dentro de si pareciam intermináveis!

E então tudo acabou.

E os narcisos pareciam tão adoráveis pela manhã.

O Sentir

Pego suas mãos e as guio pelos pontos mais sensíveis de meu corpo. Te beijo suave, como quem sente medo de o sonho desmanchar-se sob os lábios. Os olhos fecham-se, na esperança de ter as mais variadas sensações. A respiração vai ofegando-se num ritmo lento, logo seguido por um beijo cálido, que me faz tremer. Não mais respiro. Somente sinto.

A ânsia de ser tua me enlouquece, apenas o pensamento faz-me sentir arrepios. Arrepios estes que percorrem minha espinha, fazendo com que eu abra os meus olhos e te olhe no fundo dos teus. Queria decifrar seus pensamentos, saber o que se passa dentro de si, poder realizar tudo aquilo que tu sempre quiseste.

Quero ser tua hoje, amanhã e sempre. Quero somente ser tua. Entregar-me às suas carícias como se elas fossem meu maior presente, mas não… Meu maior presente não são suas carícias… É você, tudo aquilo pelo qual tenho pedido aos céus, tudo aquilo que me move… Tudo.

Fecho os olhos novamente, querendo agora decifrar-te com a pele, com o toque, com os meus dedos. Sentir-te, vezes sem conta, apenas sentir-te. Saber que és meu, que és tudo o que sempre quis. E beijo-te. Beijo-te como se fosse a primeira (ou a última!) vez. E todas as regras que eu tinha, todas estão quebradas, imóveis num oceano de lágrimas. Choro. Mas são lágrimas doces, de alegria, sinto-me feliz… Completa.

Tenho certeza que encontrei a mim mesma num simples gesto teu. Sorrio. Abro os olhos e vejo seu rosto tão puro, e desejo correr e me atirar em você… Queria demonstrar tudo o que sinto, e tudo o que me faz sentir. O coração dispara, me sinto segura, tão aquecida nos braços teus. Meu coração está tão cheio de amor, e esse amor transborda pelos olhos, e pelo meu corpo só sinto as suas mãos e eu não quero mais parar de sentir o seu toque.

Estou certa que estou completamente apaixonada, e completamente maluca, e completamente maravilhada, estou surpresa… Surpresa por estar sentindo isso novamente. São seus olhos, seus olhos que me mostram tudo o que você também sente por mim. E então eu só tenho um desejo…

O desejo de te sentir cada vez mais.

 

“And my heart used to be cold ‘til your hands laid on my soul…
Baby, that’s why you’re beautiful.”

Soneto de Fidelidade

“De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinicius de Moraes, “Antologia Poética”, Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 96.

Just 4 U, my valentine (L)

Sem Coração

Love Is Dead /Kerli

Quisera eu ter nascido sem coração…
Não traria vazio ao peito,
Seria livre de qualquer decepção!
E assim, quem sabe, haveria algum jeito.

Um jeito de não sofrer, de não amar
Um jeito de não sentir, de evitar
Evitar toda a dor que causa o coração
Seria mais cômodo, não haveria mais paixão

Mas nasci com um órgão que só me traz sofrimento
Que massacra com sua dor qualquer outra dor
Que tenta passar longe, mas sempre acaba dentro
Perdido naquele sentimento que se chama amor

Tudo o que tive está destruído
Quebrou-se em milhões de pedaços
Perdeu-se num lugar desconhecido
Alguém pode me salvar, e juntar os meus cacos?

Cometi o mesmo erro novamente
Perdi minha total noção
Amei enlouquecidamente
E acabei aqui nesse oceano de confusão

Dê-me razão, mas não me dê escolha
Ou eu destruirei todo o resto de mim.
Será que existe alguém nesse mundo
Que pode completar meu vazio sem fim?

•(L. Diamond)

Ouça seu coração!

Siga apenas as regras que seu coração criou. Viva como se fosse tudo acabar amanhã. Renasça todos os dias com algo novo; vontades diferentes, objetivos diferentes, perspectivas diferentes.
Busque o melhor dentro de você.
Escolha a música mais agitada e… DANCE!
Dance como se não houvesse ninguém, como se fosse só você e a música! Apenas dance. Seja único.
Não acredite quando disserem que você é incapaz, só você é ciente de seus limites.
Acorde todos os dias olhando para o céu e agradeça!
Agradeça por estar vivo! E não se esqueça do mais importante…

Ouça seu coração!

(L. Diamond)

Flores e Planos

Rosas vermelhas, copos-de-leite brancos e girassóis – não, jura?! – amarelos, são os meus preferidos. Esse meu gosto por natureza vem desde que eu era pequena. Embora eu tenha muito medo de subir em árvores, – tipo um gato escaldado – eu gosto muito de salgueiros. Um dia terei um no quintal da minha futura casa, e no lugar de uma piscina, um pequeno lago com alguns tipos de peixes. Um jardim imenso com rosas, copos-de-leite e girassóis farão a beleza do exterior da minha humilde casinha. Nada de “apertamento”, eu quero é espaço pros meus filhos e pro meu futuro cachorrinho brincarem. Quero grama, apesar de não ser lá muito comum por aqui, eu quero grama! Quero uma casinha pintada de azul claro, com um telhado branquinho como neve… Tudo bem, pode ser complicado manter um telhado branco em branco e paredes azuis claras, azuis claras… Então eu quero uma casinha de tijolos com um lindo telhado de barro, – inclusive, quero que saibam que eu quero um forro, pro caso de chover, para não gotejar dentro de casa.

Ah! Dentro de casa! Chegamos a uma das minhas partes favoritas do meu plano! A parte interior da minha casa-sonho. Quando entrarem na minha casa, quero que dêem de cara com uma saleta só de quadros, com uma pequena mesa de centro com tampo de mosaico colorido e duas poltronas em tons pastel, de preferência bege ou azul-bebê (sim, adoro azul!). Passando pela saleta aconchegante, irão adentrar à sala, e lá verão uma TV média – não preciso de muito – e um jogo de sofá brancos. Depois da sala, vamos cozinhar! Er… Só olhar, né?! Minha cozinha será toda branca. Os azulejos, a pia, os armários, os objetos, tudo, inclusive geladeira e fogão. Os quartos são uma parte mais difícil de descrever, porque eu ainda não decidi como os quero…

Depois de tudo montadinho, irei, enfim, morar na minha tão sonhada casa… E serei feliz. Sim, serei muito feliz. E poderei, enfim, fazer tudo o que eu gostaria de fazer, sem limites de sonhar, sem necessitar da “permissão” de um ou de outro, porque…a casa será única, exclusiva e somente MINHA.

Depois que tudo estiver resolvido, depois que eu já estiver alojada no meu pedacinho de sonho, quem sabe eu não encontre a tampa da minha panela? Ser uma frigideira feliz pode não ser tão feliz quanto parece…

Deixemos que o futuro tome conta, porque só a Deus ele pertence.

“O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos.”
(Eleanor Roosevelt)

Sex On The Beach

Amorzinho na Praia

Carnaval, festa, pegação…e eu com um gatinho que tinha secado o verão inteiro. Não sei se por falta de opção, mas aquele que não tinha sequer olhado pra mim durante toda minha estada na praia, de repente me viu como a musa do verão.

Fim de festa, hora de preparar o corpo, e a querida… para o nosso “segundo tempo”.

Na praia tudo é clima de romance. Foi então que “ele” teve uma “brilhante” idéia…sinceramente, hoje não consigo saber de qual das duas cabeças saiu. Logo após ler o texto, vocês entenderão…

Para ser mais sincera, ainda hoje me pego pensando se ele queria ser romântico ou apenas economizar no motel. Sabe como é, quando não se tem muita verba, se aluga uma casa de veraneio com outros 357 amigos e quando surge uma oportunidade de dar “umazinha”, o jeito é se virar!

Entre beijos, abraços e provocações caminhamos – sim, caminhamos! – até a praia mais próxima.

Corpos em combustão, e aquele cenário magnífico era o somatório perfeito para tornar aquela noite em INESQUECÍVEL…e de fato, foi!

Quando a gente é jovem,  e tem a estranha mania de assistir filmes de romance – isso vale para as gurias – e mesmo as cenas dos casais apaixonados na novela, idealizamos aquilo acontecendo em nossas vidas, e por um dado momento, esquecemos como as vezes pode ser “difícil” executar as ações.

Caminhamos pela beira da praia, por um tempo que mais me pareceu horas. E eu, pacientemente não fiz objeção. Estava curiosa e não estava entendendo onde ele queria chegar mantive minha santa boquinha fechada . Ao encontrarmos uma casinha de salva vidas, ele imediatamente subiu correndo as escadas, me deixando pra trás. Mais uma vez a demonstração de preocupação de um macho de nossa espécie. Enfim, sorte a minha, pois ele foi quase que literalmente “corrido” de lá por um casal que chegara antes ao ninho de amor.

Seguimos então nossa silenciosa caminhada. Beijos no pescoço, mordidas na nuca e eu apenas me rendia às vontades dele.

Ele então me convida para sentar na areia. Dei uma boa olhada e pela cara que fiz, ele percebeu que eu ofereceria resistência, afinal – santa ingenuidade – eu não queria me sujar.

Retirou então a camisa, como um perfeito cavalheiro. Dizem que isso acontece quando o que está em jogo é a satisfação sexual de um dos parceiros…sendo mais crua, os homens são gentis quando querem te “comer”.

Sentei-me delicadamente, cuidando os movimentos e após algum tempo – sendo otimista, não passou de cinco minutos – ele já estava forçando meu corpo a se deitar na areia. Talvez o elevado  teor de álcool no meu sangue, somado às cenas românticas que hora passavam em minha mente, me rendi. Eu sei, tudo não passa de desculpas…

No auge da pegação, nos despimos. Tudo estava perfeito…o barulho das ondas, o céu estrelado…até o momento de eu colocar minha bundinha na areia gelada e levemente úmida. Mas na verdade, no calor da coisa tu nem pensa muito nisso não…fodemos a noite toda, sob o céu estrelado. Foi lindo…até a manhã seguinte eu me levantar e perceber que algo  estava errado com meu corpo.

Se existisse balança na praia, eu diria que estava uns 5kg mais pesada. A areia em meu corpo era tanta, que mesmo nua, eu parecia vestida.

Uma batidinha aqui, uma assoprada lá e eu achei que tivesse removido toda – ou boa parte – da areia do meu corpo. Foi então na hora de ir embora que senti que meu problema estava apenas começando. Um comichão diferente, em partes do corpo que prefiro não mencionar, e em questão de minutos, estava toda vermelha.

Não sei bem ao certo se a areia, ou a sujeira dela estavam agindo sobre os meus poros, o que sei é que coçava, e quando coçava, ardia. Acho que não preciso mencionar que minha querida ficou parecendo uma rosa – é eu não ia mencionar, mas gosto de compartilhar meus momentos com as pessoas, não sou do tipo egoísta. Me apavorei, ela depiladinha – sim, eu tinha me preparado pra noite fantástica passando por aquela tortura com a minha depiladora Bernadete – estava vermelha e inchada! Doía que era o diabo!

Isso porque, para minha sorte e contensão do meu desespero, não pude ver o estado do meu “butt”. Ele também doía. Não reclamei em momento algum. Tinha a impressão que se peidasse sairia areia, e se cagasse, sairia uma duna!

Dessa experiência, ficou dentro de mim, tinha uma quantidade tão absurda de areia, que se recolhessem tudo, poderia fazer um campo de futebol de areia e ainda sobrava pra um castelinho…por isso, gurias, pensem bem antes de realizar as fantasias. Nada como uma boa, macia e quentinha cama de motel.

(by Haby)